Corte da 29ª Oktoberfest de Igrejinha apresenta trajes oficiais

Traduzir em vestes o reconhecimento aos mais de três mil voluntários da festa e homenagear os imigrantes alemães que colonizaram a região. Está foi a missão da Associação de Amigos da Oktoberfest de Igrejinha (AMIFEST) para a criação dos trajes da corte da 29ª Oktoberfest de Igrejinha e foi o tema desta edição da festa “Aqui todos fazem a festa” que serviu de inspiração.

O trabalho iniciado em abril, quando foram conhecidas a rainha e princesas da festa, teve sua primeira etapa apresentada em maio, quando foram conhecidos os trajes de passeio do trio de soberanas. Mas o momento mais aguardado pelos voluntários e pela comunidade igrejinhense é o da apresentação das vestes oficiais da corte, que aconteceu no domingo (31 de julho), durante o Café Cultural do Kirchleinburg.

De acordo com Wilney Haberkamp, sócio da Rewil Confecções empresa responsável pela produção das peças, os trajes primam pela simplicidade. “São os detalhes de cada uma das roupas que trazem a elegância para os integrantes da corte. Desta forma buscamos traduzir a nobreza do voluntariado e a naturalidade de uma festa tipicamente alemã”, explica ele. Mais uma vez a inspiração para a criação dos modelos veio após pesquisas sobre roupas e tecidos usados pelos camponeses do Hunsrück. Neste ano o destaque está no xadrez e no tafetá de seda.

 

Veja alguns detalhes de cada uma das vestes da Corte Oficial da 29ª Oktoberfest de Igrejinha (Bubchen e Mädchen, Seniorin e trio de Soberanas):

Bubchen - Kayky Gabriel Silveira de Ávila

A calça é típica do sul da Alemanha, assim como as vestimentas dos camponeses do Hunsrück. O colete é em tom xadrez e a sofisticação fica por conta dos detalhes e de um delicado broche aplicado sobre a gravata.

Mädchen - Manuela Wasem Krummenauer

Também tem inspiração no sul da Alemanha, por volta de 1830. O xadrez tem destaque no corpo do vestido que apresenta ainda detalhes em correntes e pingentes dourados. A saia é bordada em fios coloridos de seda, que traduzem a delicadeza e a alegria da infância.

Seniorin - Elaine Diva Göttert

O traje tem sua modelagem inspirada no corte que as imigrantes usavam na Áustria. Em tom bordô e tecidos nobres, como o brocado e o chamuá, tem aplicação de flores brancas de grepier com chaton prata e um delicado avental em tafetá xadrez.

Princesas - Isis Koetz e Vanessa Hörnig

A nobreza da história da cultura germânica é representada nos vestidos das princesas é contada por longas mangas que vem desde os ombros. O trabalho manual e a dedicação dos imigrantes estão representados nas pedrarias, aplicadas uma a uma.

Rainha - Endieli Rörig 

O traje oficial da rainha une-se às cores dos vestidos de suas princesas, simbolizando a tradicional família alemã. Em tons escuros, seus 16 panos - 8 vindos desde o ombro - primam pela nobreza da união e o volume das grandes famílias. O corpo do vestido tem a leveza das flores cultivadas nos jardins, com ramos que vão até a cintura. O trabalho à mão e a dedicação, novamente, estão nas pedrarias aplicadas manualmente.

 

FOTO: Juliano Arnold